doceemptygula

quinta-feira, 7 de maio de 2009

E o nosso Zumba piratas de Jaguaribe se foi sem nenhum barulho



Texto transcrito do blog Eu plural causos e coisas e lousas autoria do jornalista
1 Berto de Almeida


A quem agradeço a homenagem feita a meu pai.

Segundo consta no livro que o Gil de Brito escreveu sobre Mocidade e este escriba – embora ache um saco escrever essa coisa chamada de pré-fácil –

o z do zumba vai continuar zunindo em nossos carnavais
atendendo ao pedido do amigo escrevi o primeiro – se não me engano, houve outro depois – prefácio, ele, o personagem, que tanto discurso em vida, pede que não lhe deixe partir sem uma homenagem.



Não lembro mais. Mas que houve um discurso ao pé da cova, a homenagem pedida, isto, segundo o livro, foi feito. Mocidade saiu daqui para morar em outra cidade todo defunto-satisfeito. Não estive no “campo santo” para ouvi-lo – o discurso, não Mocidade -, pois, lembrando dos anos que ainda teria para viver, muitos, esqueci Mocidade.

Mas, se lembrei do Mocidade sendo lembrado, foi para lembrar do esquecido Zumba, o “dono” dos Piratas de Jaguaribe, que se foi sem uma só palavra dos amigos. Ele também não pediu. Tudo bem. Mas por todo o seu carnavalesco esforço de conduzir esse barco jaguaribense dos “nossos” Piratas, por isso mesmo aspei o “dono”, merecia a nossa lembrança.

Os Piratas de Jaguaribe, clube carnavalesco do meu bairro, fundando em 1930, era também conhecido como os Piratas do Zumba, tão forte era a influência do seu último e eterno – eternizou, sim – presidente. Se eu contar vocês não acreditam. Zumba era um nome tão forte que eu nunca duvidei que fosse o seu nome próprio. E o Edivaldo Lacerda Lima, o seu nome verdadeiro, apenas o apelido de Zumba. Vejam só.

Na Rua da Conceição, uma das passarelas do nosso carnaval, ou na Praça 11 de Cachimbo Eterno, nome de Antonio Leite, quando o clarim de Natanael Pereira anunciava a sua – do clube – chegada, ouvia, em menino ainda, a notícia musical se transformar em palavras: “É o Pirata do Zumba! São os Piratas de Jaguaribe!”. Mas, afinal, era os Piratas de Zumba ou de Jaguaribe? Era Zumba Piratas de Jaguaribe!

Nunca, enquanto Zumba estava passeando por aqui, vestido de carne e osso, tive a preocupação de saber o que era Zumba. Agora, quem era o Zumba dos Piratas de Jaguaribe, sempre soube. Zumba deve ser um estouro com o seu Clube. Pensava, e estava certo. Zumba é verbo, estado, ação e fenômeno. Certo também.



A última vez que encontrei o “pirata” Zumba, ele estava zumbado. Outra certeza. Mas entre tantas certezas, a maior de todas é que Jaguaribe, o meu bairro, pouco a pouco, vai perdendo as suas maiores e mais belas referências. Se o bairro de Jaguaribe era somente um salão sem confetes e serpentinas nos dias carnavalescos, agora, pouco a pouco, vai perdendo seus pierrôs e colombinas.

O Compadre Heráclito, Dona Chiquinha, Tota Ruela, Leonardo… Também, da família jaguaribense, Livardo Alves, meu amigo-irmão; Aluísio Ventola, o doce Aluísio; Trindade, muitas boas pessoas em uma só, e não apenas três, e agora, sem fazer barulho, o explosivo Zumba do nosso Piratas de Jaguaribe.

Fica impossível negar. Mas, sem Zumba, todo navio pirata que passar no meu bairro em tempos de carnaval, será um navio fantasma.

Que a terra lhe seja somente confetes e serpentinas.

Um comentário:

Lu Oliveira disse...

Oi Rusa
O seu blog é de comer com os olhos.
Que vontade de comer só um pedacinho daquela torta de chocolate. ai ai
Bjs e uma semana cheia de artes (culinárias) e sonhos.
E se vier por aqui pode trazer tudo pra mim.
Bjs

pão de mel

pão de mel
É simplesmente..........td de bom! Quem experimenta quer repetir...

Selinhos que ganhei